15.1.08

Sozinho no Escuro

-As trevas estão se aproximando da casa.
Ele olhou pela cortina para o lado de fora da casa.
-Só eu posso mandar elas embora.
Ela olhava espantada para o filho. Um fio de sangue escorria do lado do seu rosto dele, seu cabelo negro cobria seus olhos e suas mãos tremiam.
-Você não vai sair agora.
-Eu tenho que sair mãe. Quando eles chegarem aqui eles vão sair pela cidade e vão montar seu império de dor aqui. Só eu posso impedir eles de passarem por essa porta.
-Mas, como você vai fazer isso?
-Eu não sei, mas eu vou mandar os monstros de volta para onde eles sairam. Eu vou mandar eles de volta para onde eles nunca mais vai sair.
-Por que você tem que fazer isso?
Ele olhou para a mãe e arrumou o cabelo. Reparou no sangue na mão que escorria do machucado no lado da sua cabeça.
-Porque eu vi eles primeiro, mãe. E porque só eu vou conseguir fazer isso.
A mãe ficou calada de medo enquanto olhava o filho segurar seu bastão de aço. Ele andou em direção da porta e olhou para trás.
-Apolo!
O huskie correu não sua direção. O menino e o cachorro se olharam. Ele abriu a porta.
O sol diminuia enquanto algo ia em direção da casa.
Ele levantou seu bastão de aço e sorriu para trás em direção da mãe.
A porta se fechou, o dia apagou-se lá fora e ela nunca mais viu o filho.

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